Já imaginou chegar ao aeroporto e descobrir que esqueceu o carregador do celular? Ou reservar um hotel “pé na areia” só para perceber, ao chegar, que “pé na areia” significa “a 20 minutos de caminhada da praia”? Infelizmente, esses não são casos isolados — são erros de viagem extremamente comuns que podem transformar um sonho em pesadelo.
A boa notícia? A maioria desses percalços é totalmente evitável. Com um pouco de planejamento, atenção aos detalhes e algumas dicas práticas, você pode viajar com muito mais tranquilidade, economia e prazer. Neste artigo, vamos revelar os erros mais frequentes que viajantes cometem — e, o mais importante, como evitá-los com inteligência.
Do planejamento apressado à falta de seguro viagem, passando por excesso de bagagem e subestimação do câmbio, cada seção será uma ferramenta prática para você viajar melhor, mesmo que seja sua primeira vez fora do país. Porque viajar não é só ir de um lugar a outro — é viver experiências que ficam para sempre. E elas merecem começar do jeito certo.
Pronto para transformar sua próxima viagem na melhor de todas? Vamos lá!
1. Planejar em cima da hora — e pagar o preço
Um dos erros mais caros (literalmente!) que os viajantes cometem é deixar tudo para a última hora. Passagens, hospedagem, passeios e até vistos podem ficar muito mais caros — ou simplesmente esgotados — se você não se antecipar.
Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (ABOT), 70% dos viajantes que compram passagens com menos de 15 dias de antecedência pagam, em média, 40% a mais do que quem planeja com antecedência. E não é só o bolso que sofre: a pressa reduz opções. Quer ficar num hotel central? Esqueça. Sonha com um tour guiado na Machu Picchu? Pode estar lotado.
Além disso, países como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Schengen exigem vistos ou autorizações eletrônicas (como o ESTA ou eTA) que levam dias — às vezes semanas — para serem aprovados. Chegar ao aeroporto sem isso significa perder a viagem antes mesmo de decolar.
💡 Dica prática: Crie um “checklist de viagem” com prazos:
- 3 a 6 meses antes: passagens aéreas e hospedagem (especialmente em alta temporada).
- 2 meses antes: solicitação de visto ou autorizações.
- 1 mês antes: seguro viagem, reservas de passeios e câmbio.
- 1 semana antes: confirmação de voos, check-in online e verificação de documentos.
Planejar com antecedência não é sinal de rigidez — é sinal de respeito pelo seu tempo, seu dinheiro e sua experiência.
2. Ignorar o seguro viagem — o “detalhe” que pode salvar sua viagem

Muitos viajantes ainda veem o seguro viagem como um “gasto desnecessário”. Afinal, “nada vai acontecer comigo, né?” Mas a realidade é outra: imprevistos não escolhem viajantes. Uma simples infecção de garganta no exterior pode custar centenas de dólares em consultas. Uma torção no tornozelo pode virar internação. E sem seguro, você paga do próprio bolso — em moeda forte.
Em países como os Estados Unidos ou na Europa, os custos médicos são altíssimos. Um atendimento de emergência básico pode facilmente ultrapassar US$ 1.000. E não pense que o SUS ou seu plano de saúde brasileiro cobre emergências internacionais — na maioria dos casos, não cobre.
Além disso, alguns países exigem seguro viagem para entrada. É o caso de todos os países do Espaço Schengen, por exemplo, que exigem cobertura mínima de €30.000. Se você chegar sem comprovar, pode ser negado o embarque ou deportado na chegada.
✅ O que um bom seguro deve cobrir?
- Assistência médica e odontológica
- Repatriação em caso de emergência
- Cancelamento ou interrupção de viagem
- Perda ou atraso de bagagem
- Assistência jurídica
Hoje, há seguros a partir de R$ 5 por dia — menos que um café. Vale cada centavo. Use comparadores como Seguros Promo, Real Seguro Viagem ou Assistente de Viagem para encontrar o melhor custo-benefício.
Viajar sem seguro é como dirigir sem cinto: pode dar tudo certo… mas se der errado, as consequências são graves.
3. Levar bagagem demais — ou esquecer o essencial
Você já viu aquela pessoa no aeroporto arrastando uma mala com rodinhas quebradas, carregando uma mochila nas costas e mais uma bolsa de mão? Provavelmente, ela cometeu dois erros clássicos: levou demais e esqueceu o básico.
Levar excesso de roupas, sapatos e eletrônicos não só torna o deslocamento mais cansativo, mas também pode gerar taxas extras de bagagem — especialmente em companhias aéreas low cost, como Ryanair, Azul Connect ou Gol. Já ouvi histórias de viajantes que gastaram mais com taxas de mala do que com hospedagem!
Por outro lado, esquecer itens essenciais como carregador universal, remédios de uso contínuo, cópia dos documentos ou adaptador de tomada pode transformar dias inteiros em busca frenética por soluções.
🧳 Lista de ouro do que NUNCA esquecer:
- Cópia digital e impressa do passaporte, visto e reserva de hotel
- Carregador de celular + adaptador de tomada do país destino
- Remédios essenciais (com receita, se possível)
- Cartão de seguro viagem (físico ou digital)
- Uma muda de roupa na bagagem de mão (caso a mala se perca)
E aqui vai um segredo de viajantes experientes: você não precisa de 7 roupas para 7 dias. Lave peças simples no banho do hotel — roupas secam rápido, e você ganha espaço, mobilidade e menos estresse.
Menos bagagem = mais liberdade. Pense nisso.
4. Subestimar o câmbio, os gastos locais e o orçamento diário
Muitos viajantes caem na armadilha de calcular o custo da viagem só com passagens e hospedagem, esquecendo que o dia a dia no destino tem seu próprio preço — e ele varia muito.
Um café em Paris custa em média €4. Uma refeição simples em Tóquio pode chegar a ¥1.500 (cerca de R$ 70). Um metrô em Nova York? US$ 2,90 por trecho. E se você não se preparar, esses “pequenos gastos” viram um rombo no orçamento.
Além disso, muitos ainda usam o cartão de crédito no débito automático ou sacam dinheiro no aeroporto — onde as taxas de câmbio são as piores do mercado. Resultado? Você perde de 8% a 12% só na conversão.
💰 Estratégias para gastar com inteligência:
- Use cartões pré-pagos internacionais (como Wise, Nomad ou C6 Travel) com taxas transparentes.
- Evite sacar no aeroporto; prefira caixas eletrônicos de bancos locais no centro da cidade.
- Pesquise o custo de vida médio do destino (sites como Numbeo ou Wikitravel ajudam).
- Defina um orçamento diário e anote gastos no celular (apps como Trabee Pocket ou Money Lover facilitam).
E lembre-se: não é preciso ser rico para viajar bem. Viajantes inteligentes priorizam experiências, não consumo. Um piquenique num parque pode ser mais memorável que um jantar caro — e muito mais econômico.
5. Não pesquisar a cultura local — e cometer gafes evitáveis

Por fim, um erro sutil, mas poderoso: ignorar os costumes do lugar que você visita. Isso inclui desde como se vestir até como cumprimentar alguém, o que é considerado ofensivo ou sagrado.
Na Tailândia, tocar a cabeça de alguém (mesmo de uma criança) é grave. No Japão, dar gorjeta pode ser interpretado como ofensa. Em países muçulmanos, usar roupas curtas em locais públicos pode gerar constrangimento — ou até problemas com a autoridade local. E não estamos falando só de religião: até gestos comuns, como o “OK” com os dedos, têm significados negativos em alguns países (como na Turquia ou no Brasil do interior, dependendo do contexto!).
Essas gafes não só quebram a imersão cultural, mas também podem prejudicar sua segurança ou credibilidade. Viajar é, acima de tudo, exercitar o respeito.
🌍 Dica de ouro: Antes de viajar, gaste 20 minutos lendo um guia rápido sobre:
- Cumprimentos locais
- Normas de vestuário (especialmente em templos, mesquitas ou vilarejos)
- Tabus culturais (comida, religião, política)
- Palavras básicas em língua local (“oi”, “obrigado”, “desculpe”)
Esse pequeno esforço mostra humildade e abertura — e quase sempre é recompensado com sorrisos, ajuda e experiências autênticas.
Conclusão: Viajar bem começa antes da decolagem
Evitar os erros mais comuns em uma viagem não exige ser perfeito — só estar preparado. Desde planejar com antecedência até respeitar a cultura local, cada detalhe que você considera antes de partir é um passo rumo a uma experiência mais leve, segura e significativa.
Lembre-se: imprevistos sempre podem acontecer, mas viajantes conscientes reduzem drasticamente os riscos e transformam os desafios em histórias para contar. Afinal, ninguém quer lembrar da viagem pelo estresse do aeroporto ou pela conta médica — mas sim pelo pôr do sol inesquecível, pela conversa com um local simpático ou pelo sabor do pão quentinho na padaria da esquina.
Sua próxima viagem pode ser a melhor da sua vida. E tudo começa com as escolhas que você faz antes de sair de casa.
E aí, já cometeu algum desses erros? Ou tem uma dica infalível que salvou sua viagem? Compartilhe nos comentários! Sua experiência pode ajudar outros viajantes a viajarem com mais sabedoria — e muito mais alegria. ✈️🌎

Flávia Ferreira é uma entusiasta apaixonada por praias, viagens e experiências gastronômicas que despertam memórias únicas. Movida pelo desejo de conquistar a liberdade financeira e pelo constante desenvolvimento pessoal, ela acredita que explorar o mundo e investir em si mesma são caminhos para uma vida mais plena, equilibrada e cheia de propósito.






