Você já sonhou em viajar para um destino exótico, mas desistiu por achar que não tem orçamento suficiente? Pois saiba que viajar não precisa ser sinônimo de gastar fortunas. Muitas pessoas acreditam que férias baratas são sinônimo de experiências ruins, mas a verdade é bem diferente: com planejamento inteligente, é possível explorar o mundo sem esvaziar a conta bancária. E o melhor: você pode até se surpreender com a qualidade das experiências ao optar por escolhas mais simples e autênticas.
Neste artigo, vamos te mostrar como economizar em cada etapa da viagem — desde a escolha do destino até o retorno para casa. Você vai descobrir dicas práticas e reais que viajantes experientes usam para reduzir custos, sem abrir mão do conforto ou da segurança. Vamos falar sobre passagens aéreas, hospedagem, alimentação, transporte local, passeios e até como evitar gastos ocultos. Tudo com linguagem simples, exemplos do dia a dia e sugestões que você pode aplicar imediatamente.
Seja você um viajante iniciante ou alguém que já tem bagagem no mundo, este guia vai te ajudar a repensar a forma como planeja suas viagens. Afinal, o objetivo não é apenas viajar barato, mas sim viajar com inteligência. E o melhor: sem arrependimentos. Vamos juntos transformar seus sonhos de viagem em realidade, um passo de cada vez?
1. Escolha o Destino Certo: O Primeiro Passo para Economizar
A primeira decisão que você toma ao planejar uma viagem é escolher o destino. E essa escolha pode ser o fator mais determinante no seu orçamento. Viajar para países com moeda desvalorizada, custo de vida baixo ou alta concorrência no turismo pode reduzir drasticamente seus gastos — sem comprometer a experiência.
Por exemplo, enquanto uma viagem para Paris ou Nova York pode facilmente ultrapassar R$10 mil por pessoa, destinos como Bolívia, Guatemala ou Vietnã oferecem experiências riquíssimas por um terço desse valor. Isso acontece porque, além do custo de passagens ser mais baixo, a alimentação, hospedagem e transporte locais são muito mais acessíveis.
Dica prática: Use ferramentas como o Numbeo ou o Expatistan para comparar o custo de vida entre cidades. Esses sites mostram preços médios de refeições, transporte, hospedagem e até ingressos de cinema, ajudando você a tomar uma decisão mais informada.
Além disso, considere viajar para regiões vizinhas ou pouco exploradas. Enquanto todo mundo vai para o Rio de Janeiro, por que não conhecer Paraty, Bonito ou Jericoacoara? Esses lugares costumam ter menos turistas, preços mais baixos e experiências mais autênticas.
Outra dica valiosa: Evite temporadas de alta temporada. Viajar na baixa estação pode reduzir custos em até 40% — especialmente em passagens aéreas e hotéis. Claro, você pode pegar um clima mais chuvoso ou menos eventos, mas isso não quer dizer que a viagem será ruim. Muitas vezes, é justamente nessas épocas que você consegue aproveitar os destinos com mais tranquilidade.
Portanto, antes de se encantar por um destino só porque está na moda, pare e pense: ele é realmente acessível para o seu bolso? Às vezes, mudar o foco pode abrir portas para aventuras muito mais ricas — e baratas.
2. Passagens Aéreas: Como Encontrar os Melhores Preços

As passagens aéreas costumam ser o maior custo de qualquer viagem internacional — e muitas vezes, até doméstica. Mas com algumas estratégias simples, é possível economizar centenas, ou até milhares, de reais.
O primeiro passo é nunca comprar passagem no momento do impulso. Viajantes que compram com antecedência — de 2 a 3 meses para voos nacionais e 3 a 6 meses para internacionais — têm muito mais chances de encontrar bons preços. Isso porque as companhias aéreas liberam tarifas promocionais com antecedência, especialmente em períodos de baixa demanda.
Use comparadores como Google Voos, Skyscanner ou ViajaNet para monitorar os preços. Essas plataformas permitem que você veja variações de preço por data, o que ajuda a escolher os dias mais baratos para voar. Por exemplo, sair na terça-feira pode ser 30% mais barato do que sair no sábado.
Dica valiosa: Ative alertas de preço. O Google Voos, por exemplo, permite que você receba notificações por e-mail quando o valor da passagem cair. Muita gente economiza R$500 ou mais só por aguardar o momento certo.
Outra estratégia poderosa é considerar voos com escalas. Apesar de serem um pouco mais longos, eles costumam ser muito mais baratos. Às vezes, uma escala em uma cidade vizinha pode reduzir o preço em mais de 50%. Claro, é importante avaliar se o tempo extra vale o desconto.
E não se esqueça das milhas aéreas. Mesmo que você não viaje muito, é possível acumular milhas com cartões de crédito, programas de fidelidade e até compras online. Muita gente já viajou para a Europa ou os EUA pagando apenas taxas de embarque graças a esse recurso.
Como resultado, planejar com calma e usar as ferramentas certas pode transformar uma passagem impossível em algo totalmente acessível.
3. Hospedagem: Onde Dormir sem Gastar uma Fortuna
Depois das passagens, a hospedagem é o segundo maior custo de uma viagem. Mas dormir bem não precisa custar caro. Hoje em dia, existem dezenas de opções além dos hotéis tradicionais — e muitas delas são muito mais baratas e até mais divertidas.
Comece considerando hostels. Muita gente ainda tem uma imagem errada de que hostels são sujos ou desconfortáveis, mas a realidade é outra. Hoje, existem hostels modernos, com quartos privativos, cozinha compartilhada, eventos sociais e até piscina. Em países como Portugal, Tailândia ou Colômbia, você encontra boas opções por menos de R$80 a diária.
Se você prefere mais privacidade, o Airbnb é uma excelente alternativa. Alugar um apartamento inteiro pode sair mais barato do que um quarto de hotel, especialmente se você for viajar em grupo. Além disso, ter uma cozinha permite que você prepare suas próprias refeições — o que já nos leva ao próximo ponto.
Outra opção pouco explorada é a troca de casas ou hospedagem por trabalho. Plataformas como Workaway, TrustedHousesitters ou Couchsurfing permitem que você fique de graça em casas de moradores locais em troca de ajuda com tarefas simples, como cuidar de animais ou fazer pequenos reparos. Claro, exige um pouco mais de confiança e adaptação, mas pode ser uma experiência enriquecedora — e gratuita.
E se você viaja com frequência, considere programas de fidelidade de hotéis. Muitas redes oferecem diárias grátis após algumas estadias, além de descontos exclusivos para membros.
Portanto, antes de reservar o primeiro hotel que aparecer, pesquise, compare e considere alternativas. Às vezes, dormir em um lugar diferente pode ser a melhor memória da viagem.
4. Alimentação: Comer Bem sem Sair do Orçamento
Comer fora em todos os restaurantes pode facilmente consumir metade do seu orçamento de viagem. A boa notícia é que é possível se alimentar bem — e até melhor — gastando pouco.
A primeira dica é evitar restaurantes turísticos. Eles costumam cobrar preços inflacionados por pratos comuns. Em vez disso, procure onde os locais comem. Feiras livres, mercados públicos e lanchonetes de bairro são ótimos lugares para experimentar a culinária local com preços justos. Em Istambul, por exemplo, uma refeição em um restaurante turístico pode custar R$120, enquanto no mercado local, o mesmo prato sai por R$30.
Cozinhar suas próprias refeições também é uma ótima forma de economizar. Se você estiver em um Airbnb ou hostel com cozinha, compre ingredientes em supermercados locais e prepare suas refeições. Além de barato, é uma forma de se conectar com a cultura do lugar — e ainda pode ser divertido!
Outra dica prática: invista em uma refeição especial por dia. Em vez de comer caro em todos os horários, escolha um almoço ou jantar para se deliciar em um bom restaurante. Os outros momentos, opte por opções simples, como sanduíches, saladas ou comidas de rua.
Falando nisso: comida de rua é uma das melhores experiências gastronômicas que você pode ter — e geralmente é muito barata. Desde os tacos no México até os dim sum em Hong Kong, a rua é onde a cultura alimentar se expressa com mais autenticidade.
E não se esqueça da água. Em países onde a água da torneira não é potável, compre água em garrafões grandes (mais barato do que garrafas pequenas) ou invista em um filtro portátil, como o LifeStraw. Isso evita gastos diários com água mineral.
Como resultado, com um pouco de planejamento, você pode economizar centenas de reais só na alimentação — e ainda se alimentar melhor.
5. Transporte Local: Como se Locomover sem Gastar Muito

Chegar ao destino é só o começo. Depois, você precisa se locomover — e aqui também há espaço para economizar.
O primeiro passo é evitar táxis e aplicativos como Uber sempre que possível. Eles são convenientes, mas podem esvaziar seu bolso rapidamente. Em vez disso, priorize transporte público. Metrôs, ônibus e bondes são muito mais baratos e, em muitas cidades, extremamente eficientes. Em Tóquio, por exemplo, o metrô é pontual, limpo e cobre toda a cidade.
Muitas cidades oferecem passes diários ou semanais de transporte, que podem sair mais baratos do que pagar por viagem. Em Londres, o Oyster Card oferece descontos progressivos conforme você usa. Em Paris, o Paris Visite dá acesso ilimitado a ônibus, metrôs e trens por dias seguidos.
Andar a pé é outra ótima opção — e gratuita. Além de economizar, você descobre cantos escondidos, interage com os locais e faz exercício. Em cidades como Lisboa, Florença ou Cartagena, caminhar é parte da experiência.
Se o destino for grande, considere alugar uma bicicleta. Muitas capitais têm sistemas de bike compartilhada, como o Vélib’ em Paris ou o Cyclocity em Barcelona. É barato, sustentável e divertido.
Para viagens entre cidades, ônibus e trens noturnos podem ser uma excelente escolha. Você economiza uma diária de hotel e ainda aproveita o tempo para descansar. Na Europa, empresas como FlixBus oferecem passagens baratas com Wi-Fi e tomadas.
Portanto, antes de chamar um Uber por comodidade, veja se há uma opção mais econômica — e muitas vezes, mais interessante.
6. Passeios e Atrações: Diversão sem Extravasar
Muitos atrações turísticas cobram preços altos — mas nem sempre é necessário pagar para se divertir.
Comece pesquisando passeios gratuitos. Muitas cidades oferecem free walking tours — passeios guiados onde você paga apenas no final, o quanto achar justo. Em Berlim, Dublin e Buenos Aires, esses tours são excelentes para conhecer a história local e ainda fazer novos amigos.
Museus e atrações culturais também costumam ter dias gratuitos ou descontos. Em Paris, todos os museus municipais são gratuitos no primeiro domingo do mês. Em Nova York, muitos museus sugerem um valor simbólico — você pode pagar o que quiser.
Parques, praças, mercados e feiras são outras opções gratuitas e riquíssimas. Passear pelo Central Park, visitar o Mercado de San Telmo em Buenos Aires ou admirar o pôr do sol em Santorini não custa nada — e pode ser inesquecível.
Se você pretende visitar várias atrações pagas, vale a pena pesquisar passes turísticos. O CityPASS (EUA), o Go City (Europa) ou o Bilhete Único Turístico (Lima) oferecem entrada em múltiplos pontos por um preço fixo, geralmente com desconto de 20% a 40%.
Além disso, planeje seus passeios com antecedência. Muitas atrações vendem ingressos com desconto online, e alguns até esgotam. Evite filas e surpresas desagradáveis.
E não subestime o valor de simplesmente explorar. Às vezes, o melhor passeio é se perder em um bairro desconhecido, tomar um café em uma praça movimentada ou conversar com um morador. Essas experiências não têm preço — e são as que mais marcam.
7. Evite Gastos Ocultos: Detalhes que Fazem a Diferença
Mesmo com um bom planejamento, pequenos gastos podem se acumular e estragar seu orçamento. Por isso, é essencial estar atento aos custos ocultos.
Um dos principais é o câmbio e taxas de cartão. Muita gente não percebe que usar o cartão de crédito no exterior gera IOF (6%) + taxa de conversão (1% a 3%). Para evitar isso, use um cartão com isenção de IOF em compras no exterior, como alguns cartões digitais ou internacionais.
Além disso, saques no exterior costumam ter taxas altíssimas. Prefira usar o cartão de débito em locais com parceria com seu banco (como o Banco do Brasil com o Bancomer no México) ou leve um cartão pré-pago com câmbio fixo.
Outro gasto oculto é o seguro de viagem. Parece opcional, mas é essencial — e barato. Um bom seguro custa em média R$30 a R$80 por semana e cobre emergências médicas, extravio de bagagem e cancelamento de voos. Viajar sem seguro pode sair muito mais caro em caso de imprevisto.
E atenção com taxas de serviço e gorjetas. Em alguns países, a gorjeta já está incluída na conta. Em outros, é esperado que você deixe 10% a 15%. Pesquise a cultura local para não pagar a mais — ou a menos.
Por fim, evite compras por impulso. Lembrancinhas, roupas, artesanato… tudo parece barato no momento, mas pode somar centenas de reais. Estabeleça um orçamento para compras e respeite.
8. Mentalidade do Viajante Inteligente: Viagem é Experiência, Não Gasto
No fim das contas, viajar barato não é sobre cortar tudo, mas sobre priorizar experiências reais. É fácil cair na armadilha de achar que quanto mais caro, melhor. Mas a verdade é que os melhores momentos de uma viagem raramente estão ligados ao preço.
Conversar com um morador, ver um pôr do sol em silêncio, se perder em uma cidade e descobrir um café encantador — essas memórias valem mais do que qualquer hotel de luxo.
A mentalidade do viajante inteligente é essa: valorizar o essencial, cortar o supérfluo e abrir espaço para o inesperado. Quando você viaja com consciência, cada real gasto tem um propósito.
E o mais importante: viajar barato não é um sinal de pobreza, mas de sabedoria. É sobre fazer escolhas conscientes, aproveitar mais e gastar menos.
Conclusão: Sua Próxima Viagem Pode Ser Mais Barata do que Você Imagina
Viajar não precisa ser um sonho distante. Com as dicas certas, é possível explorar o mundo sem se endividar. Desde a escolha do destino até o último dia de passeio, cada etapa oferece oportunidades de economizar — e de viver mais.
Você viu que é possível encontrar passagens baratas, se hospedar bem por pouco, comer como um local, se locomover com inteligência e aproveitar atrações sem gastar muito. O segredo está no planejamento, na pesquisa e na mudança de mentalidade.
Agora é a sua vez: qual será o seu próximo destino? Que tal escolher um lugar novo, com custo de vida baixo, e aplicar essas dicas na prática? Anote suas ideias, comece a pesquisar e veja como o mundo fica mais perto.
E se este artigo te ajudou, compartilhe com alguém que também sonha em viajar. Deixe um comentário contando qual é o seu próximo destino ou qual dica você vai colocar em prática. Afinal, viajar é melhor quando a gente compartilha — inclusive as economias!
O mundo é grande demais para ficar só no sonho. Comece a planejar sua próxima aventura hoje — com o pé no chão e o coração leve.

Flávia Ferreira é uma entusiasta apaixonada por praias, viagens e experiências gastronômicas que despertam memórias únicas. Movida pelo desejo de conquistar a liberdade financeira e pelo constante desenvolvimento pessoal, ela acredita que explorar o mundo e investir em si mesma são caminhos para uma vida mais plena, equilibrada e cheia de propósito.